Hoje eu venci o conforto!
Coloquei meia bonita e sapato elegante, me maquiei e passei perfume, só para ir até ali.
Por que? Por mim! Estava precisando dessa animada, de me ver mais bonita no espelho, de me mostrar…
Estamos vivendo a era do conforto.
Conforto ao vestir, onde os saltos altos perdem a vez para tênis transados; roupas de malha, mais moles, que vão direto da cadeira de trabalho para o sofá.
Conforto ao se relacionar, onde a preguiça está levando à diminuição das mensagens de texto por áudios e telefonemas por vídeos chamadas.
Conforto cultural, onde os livros estão perdendo para as inúmeras séries disponíveis.
Conforto estético, com a redução da maquiagem já que estamos com boa parte do rosto coberto por máscaras.
Ao mesmo tempo que o conforto nos é seguro, também representa um alerta. Não estamos exagerando na dose?
Conforto demais pode ser facilmente confundido com desleixo. Conforto demais pode levar a um estado depressivo e a um isolamento social desmedido, afinal, “está tão quentinho aqui dentro, para que vou sair?”.
Conforto demais compromete a postura e a nossa percepção do quanto a informalidade está em excesso.
Como para tantas outras coisas, o equilíbrio deve estar no meio e é próprio a cada um. O importante é não perder o foco na nossa imagem e nos nossos interesses. O que eu aparento hoje pode interferir no meu resultado de amanhã.
Está valendo a pena viver de forma tão confortável assim?
1 comentário em “O PERIGO MORA NO CONFORTO”
Não, nao vale a pena. Estamos todos sentindo muita falta de interação pessoal. Isso faz muita diferença.