Jogando conversa dentro ou fora?

Ontem passei por uma nova experiência…me permiti tirar uma hora e pouco para conversar. Na verdade, “jogar conversa dentro” como diz a criadora de um novo “jogo” de conversas, Tipiti Barros, da Fika Conversas.  

A convite de Ilana Berenholc, dezoito mulheres (por coincidência apenas), se dispuseram a conversar sobre palavras novas do nosso cotidiano, em grupos de seis.

Certo constrangimento inicial, primeiro pela maioria não se conhecer, depois por estarmos diante de termos desconhecidos e, justamente, afirmando nossa ignorância sobre eles.

Mas, para mim, teve outro constrangimento pessoal.

O jogo possui algumas regrinhas interessantes para estimular a conversação e uma delas é a de não interromper a fala do outro, justamente para não inibir ninguém e o raciocínio de cada um. Com isso, passamos a achar normal aquele tempinho de silêncio embaraçante que pode acontecer após a fala de alguém, tempo esse que pode ser usado para organizarmos nossas ideias e então recomeçarmos a falar.

Ou seja, não é preciso ter ansiedade para falar. Com isso, além de sermos mais respeitosos com o outro, conseguimos realmente estar atentos à sua fala, sem ficar conjecturando uma resposta ou analisando o argumento alheio.

Eu já conhecia esse meu defeito de interromper a fala do outro ou completar o seu raciocínio. Venho há tempos tentando controlar essa fúria interna. Então, para você que se identificou, primeiro parabenizo pelo autoconhecimento e coragem de reconhecer tal vício. Depois, recomendo esse exercício – controle sua fala e escute, de fato, as palavras alheias e se permita um tempinho para formar e introduzir seus argumentos.

É mesmo um exercício e, como tal, não é fácil, mas torna-se um hábito.

Estou aqui publicamente me comprometendo a exercitar essa regra. Que, inclusive, faz parte dos pontos vitais da comunicação eficaz que menciono na Consultoria em Comportamento, a escuta ativa – escutar com ouvidos de ouvir, estar atento, olho no olho e sem distrações. Mas agora tenho ainda mais subsídios para passar a meus clientes, admitindo aqui minhas próprias dificuldades.  

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2 comentários em “Jogando conversa dentro ou fora?”

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