Conflitos de gerações sempre existiram no ambiente de trabalho. Mas a velocidade das mudanças causadas pela pandemia criou um abismo maior que o comum para os profissionais da geração Z, nascidos entre 1995 e 2010.
Eles já entraram no mercado contando com a flexibilidade de horários e de presença física, a comunicação digital é onipresente, e eles pedem às empresas aquilo de que precisam, sendo o bem-estar um valor inegociável.
No entanto, tamanha flexibilidade pode acabar por comprometer a formação desses profissionais. Enquanto as gerações anteriores sempre tiveram modelos e exemplos de colegas a serem copiados, seguidos ou admirados, esses jovens são carentes desse direcionamento.
Questionamentos simples, mas relevantes, que antes eram respondidos rapidamente no ambiente presencial, com uma paradinha na porta da sala ou na mesa do colega, hoje ficam silenciados ou no aguardo de uma reunião on line.
E em uma reunião on line, onde se fazer presente é importante para mostrar seu desempenho, ninguém quer perder tempo, ou se expor, com questionamentos simples (mas relevantes).
E assim os profissionais vão sendo formados apenas tecnicamente, mas sem conteúdo! Sem a compreensão de normas, valores e etiqueta ainda indispensáveis ao convívio social e, mais ainda, para a formação de futuros líderes.
Quem viver verá!